A Google pretende lançar uma versão de sua Play Store na China, no próximo ano, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, o que seria a sua primeira grande iniciativa de retorno ao mercado chinês desde o fim do suporte dos seus produtos em 2010.
A Play Store seria criada especificamente para a China e não conectada à versão que conhecemos, e as fontes disseram que haveria restrições aos aplicativos que poderiam ser considerados ofensivos para as leis do Partido Comunista Chinês. As leis também exigem que a Google mantenha os dados dos aplicativos da loja dentro do país.
Alguns rumores já apontavam para o interesse da Google em voltar ao mercado Chinês. A companhia se retirou do país há cinco anos após se recusar a continuar com a censura imposta a seus conteúdos, como por exemplo, em seus resultados de pesquisa. Manteve uma presença limitada no maior mercado de smartphone do mundo, mas a maioria dos seus serviços, incluindo a loja de apps, se tornou inacessível.
A nova loja chinesa deverá servir também de alavanca para lançamento de outros produtos na China. Embora as fontes não saibam qual seria esse produto, as especulações anteriores indicam que poderia ser uma versão exclusiva do Android Wear para os chineses.
Para o analista de tecnologia Rob Enderle, uma das grandes concorrências na China seria o mercado ilegal. Ele aponta que há muitas formas de usuários no país adquirirem música e isso torna difícil para empresas entrarem no mercado, principalmente as companhias do oeste.
Por outro lado, analistas acreditam que a Play Store é um bom produto para esse retorno da Google, porque não é muito sensível para as leis chinesas, o que a torna uma boa oportunidade para a quebra do gelo. Sem dúvida é uma opção melhor que o Gmail ou as buscas, produtos que trariam muita dor de cabeça para a companhia. Resta então escolher bem qual será o próximo produto a ser disponibilizado no país, já que muitos deles dependem da busca, como o YouTube.
A companhia de Mountain View espera lançar a Play Store na China em algum momento após o ano novo chinês, em fevereiro do próximo ano, e antes do início do verão, de acordo com uma das fontes. Outra pessoa em uma empresa na China que trabalha com a Google disse que a loja estará disponível em 2016. A Google tem funcionários no país preparando o terreno para que isso aconteça.
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